Era sexta. A manhã começava cedo, como não se quer, o cansaço não permite. Calções, top e ténis. Maquilhagem rápida. Tom apressado.
Mais um dia de trabalho. A lista preenchida, os primeiros já haviam chegado.
Chamo-os! Facilmente imprimo o off do pessoal, turn on no profissional. Escuto atentamente os que naquele dia é minha função cuidá-los. E faço-me ouvir! Para cada um só o melhor! Deixo-me embrulhar por o que cada um me traz! É frequente não se contar tempo. Flui.
...
É com a chegada do entardecer tardio que me apercebo da rispidez de cada dia. Mental e emocional. Só! Faço do sofá um bom amigo e ali fico à espera do sei lá que mais. Namoro o futuro passado, o que era para ser e não foi. A memória lá à frente de uma imagem com cores de sonho que nunca aconteceu.
Nem toda a dor o vento leva, nem toda a esperança o tempo traz.
Mas a vida continua. Já ouvi isto umas vezes, vos garanto!
Amanhã é dia de dar espaço para deixar entrar o merecido, mais do que o que achei que algum dia tive. É só um dia menos bom. O depois será melhor. Sempre.
Porque entre sextas que se vão repetindo,
há sempre os sábados desejados que nos pertencem.
há sempre os sábados desejados que nos pertencem.
- Bom dia meus amores -
Texto: Joana Lobato
Imagem: A joyful journey
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