Era sexta-feira, onze, a tarde ia avançada, eram horas de jantar.
As lágrimas caiam-lhe sem que qualquer controlo se assomasse delas. Os olhos já mal os abria. Dormir. Ela queria dormir, até dar, até esquecer, até passar!
Tinha sonhado com o que não podia ter. Tinha-se entregue no seu todo a quem lhe prometera o muito e desistira de lho dar.
Teriam resultado. Era uma certeza.
E ela tinha aquela fé bonita de que no fim tudo daria certo.
Gosta-o muito.
Soube naquela última conversa de castanhas em tom falsamente descontraído que o fim tinha chegado.
Soube naquela última conversa de respostas curtas, frias e despojadas de sentimento |já habituais|, que teria que recuar para não mais voltar.
Soube naquela última conversa onde planos da semana se desfaziam, que o coração dela, esse malvado que diziam ser para a fazer feliz, tinha-se feito em mil pedaços, outra vez, e que a dor do encaixe de cada pedaço ia-lhe custar o tanto que já antes havia sentido e jurado para não mais.
Porque quando o coração é um fardo
então está tudo errado.
|E ela só queria ser feliz|
então está tudo errado.
|E ela só queria ser feliz|
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para fazer coisas bonitas
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